O público LGBTQIA+ estava entre os principais alvos do ataqueManuela Scarpa / BrazilNews

Rio – A Polícia Civil impediu um ataque a bomba elaborado para ocorrer durante o show de Lady Gaga, na noite deste sábado (3), em Copacabana, Zona Sul do Rio. O mentor do atentado frustrado, tratado como um "desafio coletivo" para gerar notoriedade para os envolvidos nas redes sociais, foi preso horas antes da apresentação.
A captura em flagrante do homem, por porte ilegal de arma de fogo, aconteceu no Rio Grande do Sul. Além dele, um adolescente foi apreendido por armazenamento de pornografia infantil no Rio. Dentre os mais de 2 milhões de presentes ao evento, os alvos principais do grupo eram crianças, adolescentes e o público LGBTQIA+.
De acordo com as investigações da operação Fake Monster, os envolvidos recrutavam participantes, inclusive adolescentes, a fim de executar ações integradas com uso de explosivos improvisados e coquetéis molotov durante a apresentação da cantora norte-americana. Eles atuavam em plataformas digitais, propagando a radicalização de adolescentes, crimes de ódio, automutilação, pedofilia e conteúdos violentos como forma de pertencimento e desafio entre jovens.
Ainda em meio à operação - que teve o objetivo de neutralizar as condutas digitais que vinham sendo articuladas, com potencial risco ao público do show -, os agentes cumpriram 15 mandados de busca e apreensão contra nove alvos nos municípios fluminenses de Rio, Niterói, Duque de Caxias e Macaé; além de Cotia, São Vicente e Vargem Grande Paulista, em São Paulo; São Sebastião do Caí, no Rio Grande do Sul; e Campo Novo do Parecis, no Mato Grosso.
Nos endereços visitados, os policiais apreenderam dispositivos eletrônicos, pelo menos uma arma e outros materiais que ainda serão analisados. Em Macaé, um dos mandados de busca e apreensão teve como alvo outro homem que também planejava ataques. Ele ameaçava matar uma criança ao vivo e responderá por terrorismo e induzimento ao crime.
Participaram da operação Fake Monster a Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV); a Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI); a Subsecretaria de Inteligência (Ssinte) da Polícia Civil; a 19ª DP (Tijuca); o Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab) do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP); a Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência (Diopi) da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) do MPSP; e as polícias civis dos estados onde houve cumprimento de mandados.